quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Prossegue a luta dos trabalhadores no Hotel Ercilla e o CNT alerta a selecção da Finlândia

Os trabalhadores do Hotel Ercilla, em Bilbo, continuam a lutar pela defesa dos seus direitos e contra a reforma laboral. Convocados pelos sindicatos LAB, CCOO e CNT, os funcionários realizam concentrações periódicas há 14 meses, pelo menos uma vez por mês, contra o congelamento dos salários (desde 2010), os cortes salariais deste ano (ascendem a 3000 euros) e o agravamento das condições de vida. Durante a Aste Nagusia, realizaram cinco concentrações, de segunda a sexta-feira, informou o LAB.
Por seu lado, o sindicato CNT refere que intensificou a campanha contra os cortes salariais e a repressão no Hotel Ercilla, e que, a poucos dias do início do Mundial de Basquetebol, se pôs em contacto com a selecção da Finlândia – que irá alojar-se neste hotel - e com representantes diplomáticos desse país, para os informar sobre as acções de protesto que vão levar a cabo durante a estadia dos desportistas no estabelecimento. O CNT solicitou ainda a solidariedade de duas estruturas sindicais finlandesas, pois quer «desmascarar o Ercilla e que todos os seus hóspedes fiquem a par da realidade que os trabalhadores e as trabalhadoras ali vivem».

O CNT afirma que os trabalhadores vão realizar uma greve entre 1 e 4 de Setembro, período em que a selecção finlandesa estará no Ercilla. Refere ainda que, nos mais de 14 meses de luta, pediu à administração do hotel que negociasse com os trabalhadores sobre os problemas que os afectam e atendesse às suas reivindicações, entre as quais figuram: um acordo colectivo que garanta condições dignas de trabalho; uma gestão profissional do estabelecimento, e a defesa da sua viabilidade; o cumprimento de todas as normas de prevenção de riscos de acidentes de trabalho, que actualmente não são cumpridas.

«Não estamos a pedir nada que a administração não possa fazer». «É tão-só uma questão de vontade e de negociar, algo que os donos não querem», denuncia o sindicato, sublinhando o facto de os protestos ocorridos durante a Aste Nagusia terem obtido «a mesma resposta de sempre: repressão, repressão e mais repressão», com a Ertzaintza a seguir de perto as concentrações. / Ver: LAB e lahaine.org

Leitura:
«¿Dónde está el porvenir?», de Borroka Garaia (BorrokaGaraiaDa)
En recuerdo del obrero de 60 años asesinado esta mañana en una plaza de Getxo por la burguesía vasca