segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Xabi Aranburu perde consulta depois de um ano de espera e apanha 20 dias de solitária

Xabier Aranburu, preso político basco natural de Ondarroa (Bizkaia), tem pedra na vesícula, o que lhe provoca dores fortes. Depois de um ano de espera, no dia 5 ia ser visto por um médico no Hospital de Lyon, para decidir se ia ser operado; mas nem sequer chegou a sair da cadeia.

Nesse dia, Aranburu preparou-se para a consulta, mas, refere a Etxerat, diversos funcionários do cárcere de Lyon-Corbas começaram a provocá-lo logo de manhã, acabando por retirá-lo da cela algemado e impedindo-o de ir a uma consulta importante. Conseguiram o que queriam, afirma a Etxerat.
Para cúmulo, na sexta-feira, 8, a comissão disciplinar acabou por castigar Aranburu com 20 dias na solitária.

Em Fleury, mais medidas de excepção contra os bascos
Até agora, os presos políticos bascos eram levados para uma sala, depois das visitas, para serem submetidos a uma inspecção corporal completa, afirma a Etxerat. Tinham de se despir, e a sua roupa era passada por um detector. Nus, os presos tinham de se movimentar, para mostrar que não tinham nada no corpo.

Há duas semanas, estas inspecções na cadeia parisiense tornaram-se ainda mais humilhantes, revela a Etxerat. São em três fases: o detector passa pelo preso ainda vestido; depois, o preso despe-se e o detector passa só pela roupa; por fim, o detector passa pelo corpo do próprio preso, nu.

No dia 8, o preso político Ibon Goieaskoetxea (Gernika, Bizkaia) foi confrontado com este novo estilo de inspecção e recusou-a, por considerar que, passado o detector uma vez, a inspecção estava feita. Foi então que os funcionários lhe disseram que a nova legislação determinava que os presos políticos bascos fossem inspeccionados assim, em três fases. / Ver: etxerat 1 e 2 / Turrune!

ONGI ETORRI, ANE MIREN!
Ao cabo de quase 40 – quarenta – anos longe dos seus, em virtude do compromisso que assumiu em prol da libertação política e social do seu povo, Ane Miren Alberdi regressou a casa. Foram 40 anos passados no exílio e nos cárceres, em função do firme compromisso assumido. Agora, regressou a casa, em Bergara (Gipuzkoa), onde foi calorosamente recebida.
«Ao trabalho! Até que todos os presos e refugiados políticos regressem a casa, até que alcancemos a independência e o socialismo». (Esquerda Abertzale de Bergara)