terça-feira, 4 de novembro de 2014

Mikel Korta foi libertado

O natural de Ordizia (Goierri, Gipuzkoa) saiu hoje de manhã da cadeia de Mansilla de las Mulas (León). À entrada do cárcere, era esperado por familiares e amigos, que o saudaram calorosamente. Korta foi julgado no âmbito do processo 18/98, na parte referente ao Xaki. Em 2007, foi condenado a 11 anos de cadeia, que em 2009 passaram para sete anos e meio, por decisão do Supremo espanhol. Cumpriu a pena na íntegra.

O ordiziarra foi detido pela primeira vez em Janeiro de 2000, numa operação decretada pelo juiz-estrela Baltasar Garzón - que agora passa a vida instalado em Portugal; a 14, 15 e 16, está de volta, para participar num simpósio internacional sobre «vigilância», no âmbito de um festival de cinema.

Korta passou seis meses na prisão e saiu em liberdade condicional, ficando a aguardar o julgamento, que começou em 2005. Foi o tal do «tudo é ETA»: militar em organizações políticas como KAS, Xaki ou Ekin, fazer parte da Fundação Joxemi Zumalabe ou da Orain, editora do diário Egin, significava «integrar» ou «colaborar com» «organização terrorista». Em 2007, foram condenadas 47 pessoas de uma só vez. O homem deixou marca e não foi só como «avalador da tortura». / Ver: Berria e Goierri Hitza
«ONGI ETORRI, MIKEL!»
Numa nota, a Askapena dá as boas-vindas a Mikel, sublinha a importância do internacionalismo no seu «percurso de militância» e recorda que o macro processo 18/98 foi um «julgamento contra Euskal Herria». «Queriam parar a construção nacional, a desobediência, a insubmissão, a euskaldunização, o internacionalismo. Por isso, atacaram 48 militantes que estavam a trabalhar por uma nova Euskal Herria», afirma a Askapena.

Para se referir à visão que Korta tem do internacionalismo, a organização basca cita um excerto da entrevista que o ordiziarra deu, em 2012, ao Desinformémonos, acessível em lahaine.org. / Ver: askapena.org