domingo, 14 de dezembro de 2014

Gernika foi uma terra livre para Jone Amezaga

Depois de passar 18 dias escondida, a jovem natural de Errigoiti (Busturialdea, Bizkaia), cuja detenção a Ertzaintza quis apressar, apareceu ontem em Gernika, no meio de grande apoio popular. Hoje, também andou pelas ruas da vila biscainha, onde se realizaram inúmeras actividades: reuniões, concentrações, kalejiras, almoçaradas, concertos e muito mais. Pelo meio, houve alertas sobre intervenções policiais iminentes e ameaças do vice-rei espanhol.

Centenas de pessoas responderam ao apelo feito pela plataforma «Jone Libre» para que comparecessem este fim-de-semana em Gernika. A ideia era denunciar o caso desta jovem, acusada de «enaltecimento do terrorismo» e condenada a 18 meses de cadeia por colocar uma faixa na vila biscainha em Outubro de 2012 - factos que ela nega e qualifica como «montagem policial».

Para além de denunciar a atitude da Ertzaintza, que efectuou diligências junto do tribunal de excepção espanhol para que anulasse os dez dias concedidos à jovem para se apresentar na cadeia e decretasse a sua detenção imediata (o que veio a acontecer), de dar a Jone «a possibilidade de viver livre» no seu país e de denunciar a injustiça do seu caso, também se chamou a atenção para a situação dos imputados em vários julgamentos políticos, a decorrer ou com data já marcada.

Depois de aparecer no meio de centenas de pessoas com chapéus-de-chuva de cor laranja, Amezaga agradeceu a todos os que «transformaram Gernika num espaço livre» e realçou a necessidade de acabar com os julgamentos políticos. Em declarações aos jornalistas do Argia, a jovem criticou a atitude do Governo de Lakua, considerando que «não deve fazer o trabalho sujo do Governo espanhol».

Jone aparece nas ruas de Gernika [Argia] Declarações de Jone Amezaga [Argia] Ver [com fotos, áudio e vídeo]: argia.eus, argia.eus, topatu.info e lahaine.org