terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Grande apoio a Aurore Martin e Haizpea Abrisketa, à beira do julgamento

Representantes de vários partidos, sindicatos e associações do País Basco Norte agendaram uma concentração para dia 12, em Baiona. Nesse dia, Aurore Martin, Haizpea Abrisketa e mais 33 militantes da esquerda abertzale começam a ser julgados na Audiência Nacional espanhola, em Madrid.

«Participação em comícios, reuniões, artigos de imprensa… Por exercerem estas actividades políticas podem apanhar até dez anos de cadeia», disse-se hoje numa conferência de imprensa que juntou, em Baiona, representantes de cerca de 20 organizações de Ipar Euskal Herria: Bake Bidea, Anai Artea, Giza Eskubideen Liga, Nazioarteko Presondegien Behatokia, EH Bai, Europe Ecologie-Berdeak, Autonomia Eraiki, NPA, Ensemble Pays Basque, Aitzina, Cimade, CFDT, LAB, ELB e CGT, entre outras.

Na ocasião, denunciou-se o julgamento que Aurore Martin, Haizpea Abrisketa e mais 33 militantes da esquerda abertzale enfrentam no tribunal de excepção espanhol a partir de dia 12, e chamou-se a atenção para a natureza política do julgamento e para o facto de o Batasuna ser uma organização legal no Estado francês. Os presentes defenderam a via do diálogo e o fim da repressão; fizeram também a defesa dos direitos civis e, nesse sentido, pediram que se reconheça a inocência dos arguidos.

Os reunidos em Baiona defendem que o «contexto actual é favorável à resolução» e sublinharam que os Estados francês e espanhol continuam empenhados na «via da repressão»: «o julgamento destes 35 militantes é mais uma prova disso», afirmaram. Por outro lado, Martin e Abrisketa, que têm nacionalidade francesa, fizeram saber que vão estar no julgamento com os outros 33 militantes e que «têm uma estratégia comum». / Notícia mais desenvolvida: Berria

Leitura: 
«Didier Rouget: Militant discret jusqu'au bout», de Arantxa MANTEROLA (mediabask)
[Didier Rouget, jurista especializado em Direitos Humanos, faleceu esta noite, na sequência de uma doença prolongada. Tinha 62 anos. Parisiense, vivia em Uztaritze (Euskal Herria) desde 1998 e fazia parte do grupo de advogados que defendem os presos políticos bascos. No Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, defendeu o povo basco e lutou contra o fascismo espanhol em diversas frentes: vários casos de tortura, as ilegalizações do Herri Batasuna, do Euskal Herritarrok e do Batasuna, e, mais recentemente, a «Doutrina Parot», que foi derrotada.]