quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Publicada obra sobre o caso das torturas a Igor Portu e Mattin Sarasola

El caso Portu-Sarasola. Los encubridores de la tortura al desnudo, da autoria de Xabier Makazaga, pode ser lido gratuitamente na Internet. A obra analisa um caso conhecido, o das torturas a Igor Portu e Mattin Sarasola, e fá-lo incidindo na montagem organizada pelas estruturas do Estado para manipular a realidade e esconder a tortura com um fim específico: poder continuar a recorrer a essa prática de forma sistemática.

Trata-se de um caso paradigmático. Portu e Sarasola foram detidos a 6 de Janeiro de 2008, acusados de pertencer à ETA. Quando se encontravam incomunicáveis em poder das Forças de Segurança do Estado, foram hospitalizados com graves contusões. A Audiência de Gipuzkoa condenou quatro dos guardas civis que participaram na sua detenção e interrogatório, mas o Supremo anulou a condenação, absolvendo-os.

Xabier Makazaga procura entender o que sustenta a prática da tortura e permite que se mantenha como elemento de dominação social e política. O papel das forças de segurança, das autoridades, da judicatura, dos media - e de certos jornalistas em concreto -, dos seus argumentos, das suas mentiras... é estudado com recurso a dados e documentos que nos mostram aquilo que procuram esconder. / Ver: ahotsa.info / Livro aqui

Tribunal de Estrasburgo aceita recurso contra absolvição
O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) aceitou o recurso interposto por Igor Portu e Mattin Sarasola contra a absolvição, pelo Supremo espanhol, dos quatro guardas civis condenados por torturas em primeira instância. Antes de recorrem para o TEDH, Portu e Sarasola tentaram que o seu recurso fosse examinado pelo Tribunal Constitucional espanhol, mas sem sucesso. Agora, as partes têm de apresentar alegações - isto, claro está, se os advogados dos bascos não forem entretanto presos por ordem de um juiz a jeito. / Ver: naiz

ENEKO GALARRAGA LIBERTADO
Eneko Galarraga Godoy (Villabona, Gipuzkoa) foi libertado ontem de manhã, tendo saído da cadeia de Ocaña (Toledo, Espanha), onde era aguardado por familiares e amigos. Eneko foi detido pela Polícia francesa em Urruña (Lapurdi), em Janeiro de 2008, depois de a AN espanhola ter emitido um mandado europeu de detenção contra ele. Em Março desse ano, o Tribunal de Pau aprovou a sua extradição para o Estado espanhol, onde foi condenado a sete anos de cadeia por alegada ligação à ETA. / Ver: naiz e Berria