sábado, 4 de julho de 2015

A Askapena promove «julgamento popular» contra o «Estado imperialista espanhol»

A dinâmica Herriak Libre, hoje apresentada em Gasteiz, irá promover nos próximos meses o «julgamento popular» do «imperialismo» do Estado espanhol, como resposta ao julgamento da organização internacionalista basca.

O julgamento dos militantes da Askapena Walter Wendelin, Gabi Basañez, David Soto, Aritz Ganboa e Unai Vázquez começa a 19 de Outubro na Audiência Nacional espanhola e prevê-se que termine a 2 de Novembro. O Ministério Público, que os acusa de relação com a ETA, pede seis anos de prisão para cada um e solicita ainda a ilegalização e a dissolução da organização internacionalista Askapena, da comparsa bilbaína Askapeña e de duas associações do mesmo âmbito, Herriak Aske e Elkar Truke (a última centrada no comércio justo).

Os incriminados neste processo, acompanhados por muitas outras pessoas, apresentaram hoje a iniciativa Herriak Libre, que irá dar «uma resposta firme como povo a este julgamento». Segundo destacaram, não aceitam que o Estado espanhol julgue militantes e organizações internacionalistas bascas e é ele que, «pela sua prática imperialista, irá ser julgado».

Assim, fizeram um apelo à Euskal Herria «rebelde», «desobediente», que «luta contra as várias formas de opressão», bem como a organizações «comprometidas e solidárias de outros países», para que procedam ao «julgamento popular» do Estado imperialista espanhol no mês de Setembro. As conclusões de todos os «julgamentos», realizados tanto em Euskal Herria como a nível internacional, serão reunidas no dia 12 de Outubro, e, «a uma só voz, será decretada a sentença popular contra o Reino de Espanha».

A operação policial contra a organização internacionalista teve lugar em Setembro de 2010 e nela foram presas oito pessoas. Um ano mais tarde, cinco delas foram incriminadas, sendo acusadas de relação com a ETA.
A 13 de Outubro, poucos dias antes do julgamento da Askapena, começa no tribunal de excepção o julgamento relacionado com a operação de Segura, que foi adiado. São réus 35 militantes da esquerda abertzale. / Ver naiz e askapena.org [conferência de imprensa na íntegra]

Vamos julgar o Estado espanhol imperialista!
Espainiar Estatu inperialista epaitzera goaz!Vídeo com declaração em euskara aqui.