sexta-feira, 3 de julho de 2015

Dois em cada três desempregados não recebem prestações de desemprego

O sindicato LAB refere que, apesar de os dados sobre desemprego e inscrição na Segurança Social hoje divulgados pelo Ministério espanhol do Emprego revelarem uma ligeira melhoria, centenas de milhares de trabalhadores bascos continuam a confrontar-se com a precariedade e o desemprego. Muitos procuram emprego sem o conseguir; outros vão conseguindo empregos temporários de muito curta duração.

O LAB afirma que, com as sucessivas reformas laborais aprovadas pelos governos do PSOE e do PP, o mercado de trabalho e as relações laborais foram profundamente alterados, com o alastramento rápido da precariedade e dos «empregos-lixo». As reformas tiveram dois objectivos: facilitar e embaretecer o despedimento, preparando o terreno para a destruição massiva de postos de trabalho; e favorecer a substituição gradual do emprego destruído por contratações em condições mais precárias e com salários muito mais baixos.

Assim, o LAB vê com grande preocupação o agravamento constante das diversas vertentes da precariedade no País Basco Sul: - aumento do trabalho precário de curta duração (94,4% dos contratos assinados em Junho foram temporários e tiveram uma duração média de 21 dias); - forte diminuição dos salários, especialmente agressiva nas remunerações mais baixas (como consequência do trabalho temporário e de outras formas de subemprego; entre 2010 e 2013, os salários mais baixos sofreram uma perda de poder de compra de 28%); - enfraquecimento dos mecanismos de protecção no desemprego (a taxa de cobertura desceu até aos 33,6%, ou seja, dois em cada três desempregados não recebem qualquer tipo de prestação). / Ver: LAB (eus / cas)