domingo, 11 de setembro de 2016

Centenas manifestaram-se a favor da amnistia em Donostia

Centenas de pessoas participaram esta tarde, nas ruas de Donostia, na manifestação convocada pelo Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão (MpA), sob o lema «Preso gaixoak kalera! Amnistia osoa!» [Os presos doentes para a rua! Amnistia total]. [Foto: na faixa lê-se «Os inimigos da paz são os que aceitam a paz do inimigo!»]

A mobilização partiu do Boulevard e, do princípio ao fim do trajecto, os manifestantes fizeram ouvir palavras de ordem como «Presoak kalera, amnistia osoa!» [os presos para a rua, amnistia total], «Borroka da bide bakarra!» [a luta é o único caminho], «Jo ta ke irabazi arte!» [sem descanso até à vitória] e «Preso gaixoak kalera!» [os presos doentes para a rua].

No final, um membro do MpA tomou a palavra e leu um comunicado, tendo referido que o MpA faz frente às imposições fascistas dos estados espanhol e francês, e se manifesta mesmo com as proibições de «delegadas do Governo espanhol com complexo de Caudillo». Também sublinhou que não deixam de vir para as ruas, «mesmo havendo quem convoque uma manifestação para o mesmo local e a mesma hora que o MpA, um mês e meio depois de o MpA ter convocado a sua mobilização».

Referiu-se às lutas recentes e às actuais, nas prisões e fora delas, e fez dois apelos: à participação da marcha de dia 24 à cadeia de Valence, onde estão os presos Ibon e Aletxu; e ao envolvimento do povo basco na defesa da amnistia, como resposta à opressão nacional e social.
Em defesa do repatriamento
Meia hora mais cedo, realizou-se uma manifestação, mais participada, em defesa do repatriamento dos presos políticos bascos, convocada pelos sectores afins ao Sortu. Dois porta-vozes da mobilização afirmaram, no início, que querem que se «eliminem as "rigidezes" desnecessárias para com os presos políticos deste conflito» e que «se encerre de uma vez o ciclo de confronto que o povo basco viveu em décadas anteriores».

«Este povo precisa da paz, da reconciliação, mas esta não se poderá concretizar se não trouxermos para casa os presos, os exilados, os deportados», sublinharam. / Ver: amnistiAskatasuna e eitb.eus