quarta-feira, 1 de março de 2017

«Filmar a Polícia não é crime», defendem meios populares de comunicação social

Graças às possibilidades abertas pelas novas tecnologias, aumentou a gravação e a divulgação de imagens de acções violentas cometidas pela Polícia. Mas o direito a expor a actividade pública destes funcionários públicos desencadeou uma forte ofensiva censória, em que se incluem reformas legislativas, ameaças, multas e violência policial.
As imagens gravadas com o recurso a telemóveis e divulgadas nas redes sociais tornam-se testemunho de alguns excessos antes mantidos em segredo. Por vezes, são pessoas anónimas que são testemunhas e divulgadoras em primeira mão, outras vezes são movimentos sociais ou órgãos de comunicação social.

Contudo, tanto a Polícia como os responsáveis políticos não querem ver submetidas a julgamento as actividades públicas dos agentes. Nos últimos anos, o direito à informação e à fiscalização tem sido atacado, por via de reformas legislativas, da violência policial, de multas e ameaças. Trata-se de uma verdadeira ofensiva censória e de limitação dos direitos, com enormes consequências no Estado espanhol, sobretudo após a entrada em vigor da Lei da Segurança dos Cidadãos, mais conhecida como Lei da Mordaça, a 1 de Julho de 2015.

Para fazer frente a este cenário, no País Basco os órgãos de comunicação Ahotsa, Argia, Topatu, Hala Bideo e Ekinklik, juntamente com o movimento Eleak/Libre, decidiram dar início a uma campanha conjunta, que tem como lema «Grabatzea ez da delitua» [Gravar/Filmar não é crime]. O vídeo em baixo é o primeiro dessa campanha.

«Polizia grabatzea herritar guztien eskubidea da - Grabar no es delito»[Com legendas em castelhano.] Ver: Argia e Argia