quarta-feira, 22 de novembro de 2017

«Migrantes são vendidos na Líbia, país que a NATO destruiu»

Na última semana, têm vindo a público notícias sobre o escândalo da venda de escravos «em pleno século XXI», com referências à crise migratória e humanitária, ao «flagelo» existente na Líbia, mas sem alusões ao que o motiva, nomeadamente a destruição do país norte-africano pela NATO.
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Em 2010, a Líbia era o país com maior Índice de Desenvolvimento Humano no continente africano, de acordo com dados das Nações Unidas. Hoje, com os seus imensos recursos aquíferos, petrolíferos e de gás a saque, a população das cidades líbias, sofre escassez de água, cortes de luz e falta de instalações médicas.

Para além disso, as principais ligações rodoviárias estão cortadas, em virtude das operações militares e da proliferação de milícias. Os sequestros, o tráfico de armas e de pessoas são frequentes.

Foi neste país do Norte de África que se redescobriu «o flagelo» da escravatura. E, com horror, a existência de «redes de tráfico» que maltratam os «migrantes», afligidos por «cenários de guerra». (Abril)