segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

«Com o teu amo não jogues as pêras…»

[De Agostinho Lopes] A defesa de direitos e interesses pelos trabalhadores da Autoeuropa é estigmatizada pela voz do capital e dos seus servos. Um antigo aforismo popular serve de mote para devolver a discussão à prosaica realidade.

«Com o teu amo não jogues as pêras, porque ele come as maduras e deixa-te as verdes» é um aforismo popular do tempo dos amos e servos, dos senhores e criados… Que tem conhecidas versões no século XXI, «quem paga manda», ou o «bom aluno», e etc…

Expressões de uma cultura de subserviência, servil e rastejante, uma cultura de classe, que as classes dominantes procuram infiltrar até ao tutano nas classes dominadas! Para que estas classes sempre respondam como «o valente soldado Chveik»1: «declaro obedientemente a Vossa Excelência que tem toda a razão…», qualquer que seja a enormidade da «razão» aduzida por sua Excelência! Grande parte do charivari em torno da Autoeuropa, é uma clara manifestação dessa «cultura»! De quem não tem espinha, ou a tem tão gelatinosa como a lesma… (Abril)