sábado, 24 de fevereiro de 2018

«Intervenção militar na segurança do Rio atinge os mais pobres e não resolve violência»

[De Pedro Rafael Vilela] Decreto é uma tentativa de enfrentar a baixíssima popularidade de Temer e encobre o fracasso da votação da Previdência
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Com a medida, a área de segurança pública do Rio, inclusive o controle sobre as polícias Militar e Civil, além do Corpo de Bombeiras, sai do comando do governador Luiz Fernando Pezão (MDB) para as mãos interventor escolhido, o general do Exército Walter Braga Netto, que responderá diretamente ao golpista Michel Temer, presidente com a pior avaliação de governo da história da República.

Já nos primeiros dias de intervenção, programada para durar até 31 de dezembro, a foto de uma menina observando um soldado do Exército enquanto bolsas e mochilas de outras crianças, todas com uniformes escolares, eram revistadas numa favela do Rio de Janeiro, ganhou repercussão internacional. A imagem é um reflexo cruel sobre a quem deve recair o peso da intervenção de caráter militar: a população negra, pobre e moradora da periferia da cidade. (Brasil de Fato)